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Entenda Quais São os Impostos Pagos no Simples Nacional

Quais São os Impostos Pagos no Simples Nacional

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Você sabe exatamente quais são os impostos pagos no Simples Nacional?

Muitos empresários optam por esse regime tributário justamente pela promessa de simplicidade e unificação dos tributos. Porém, ao receber a guia DAS todo mês, é comum não entender o que está sendo pago ali e quais encargos realmente incidem sobre o faturamento da empresa.

Neste artigo, vamos revelar quais tributos compõem o Simples Nacional, como eles variam de acordo com a atividade e o faturamento da empresa, e o que isso representa no seu planejamento financeiro e fiscal.

O Que é o Simples Nacional e Como Ele Funciona na Prática?

O Simples Nacional é um regime tributário criado especialmente para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), com o objetivo de simplificar o pagamento de impostos e reduzir a carga burocrática.

Em vez de lidar com várias guias, tributos e prazos distintos, o empreendedor paga todos os impostos devidos em uma única guia: o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

Mas atenção: simplificar não significa pagar menos em todos os casos. A alíquota depende de dois fatores principais:

A atividade da empresa, conforme definido pelos anexos da Lei Complementar 123/2006.

O faturamento acumulado dos últimos 12 meses.

Ao fazer o recolhimento unificado, a empresa está quitando diversos tributos federais, estaduais e municipais mas a forma como isso acontece varia de anexo para anexo.

Em outras palavras, o Simples Nacional é um modelo facilitador, mas exige conhecimento sobre a composição da carga tributária para fazer boas escolhas e evitar erros no enquadramento ou no planejamento.

Quais São os Impostos Pagos no Simples Nacional?

No Simples Nacional, a empresa paga uma única guia mensal, o DAS, que reúne até oito tributos em um só boleto. Essa unificação é o que torna o regime mais prático e atrativo para muitos empresários. Os impostos incluídos no DAS são:

Tributos Federais:

  • IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica)

  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)

  • PIS/Pasep (Programa de Integração Social)

  • Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)

  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) — apenas para indústrias

Tributo Previdenciário:

  • CPP (Contribuição Patronal Previdenciária) — substitui os 20% sobre a folha que outras empresas pagam fora do DAS

Tributo Estadual:

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) — se a empresa comercializa produtos ou realiza transporte interestadual

Tributo Municipal:

  • ISS (Imposto Sobre Serviços) — se a empresa presta serviços

É importante destacar que nem todas as empresas pagam todos esses tributos. A composição da guia DAS depende do Anexo em que a atividade está enquadrada, e isso varia conforme o CNAE da empresa.

Por exemplo:

  • Uma empresa prestadora de serviços de marketing paga ISS, IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e CPP, mas não paga ICMS nem IPI.

  • Já um comércio varejista paga ICMS, IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, mas não paga ISS nem CPP.

Por isso, entender bem quais impostos do Simples Nacional se aplicam ao seu caso é fundamental para pagar corretamente e evitar riscos fiscais.

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Como Saber Quais Tributos Sua Empresa Está Pagando?

Mesmo com a praticidade do DAS, muitos empresários não sabem exatamente quais tributos estão sendo recolhidos mensalmente. Isso pode gerar dúvidas sobre a carga tributária real e dificultar o planejamento financeiro da empresa.

Para descobrir com precisão quais impostos sua empresa paga no Simples Nacional, siga estes passos:

1. Consulte o Anexo do Simples Nacional

O Simples é dividido em cinco anexos, cada um com regras específicas:

  • Anexo I – Comércio

  • Anexo II – Indústria

  • Anexo III, IV e V – Prestadores de serviços (com variação conforme o tipo de serviço e a folha de pagamento)

Cada anexo define quais tributos estão incluídos no DAS. Por exemplo, no Anexo III (serviços), a CPP está inclusa; no Anexo IV, ela é paga à parte.

2. Verifique o CNAE da Empresa

O CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) define o enquadramento da empresa nos anexos. Para isso, consulte:

Com o CNAE em mãos, é possível identificar o anexo correto e, com isso, quais impostos estão embutidos na sua guia DAS.

3. Analise o Documento de Arrecadação (DAS)

O próprio boleto gerado no sistema da Receita Federal ou pelo contador traz o valor total pago, mas não mostra discriminadamente cada tributo.

Para saber os valores individuais de cada imposto, é necessário solicitar ao contador a memória de cálculo ou acessar o PGDAS-D, sistema usado para apuração do Simples Nacional:

O Simples Nacional Sempre Compensa?

Apesar de sua proposta de simplificar a tributação, o Simples Nacional não é automaticamente a melhor escolha para todas as empresas. Em muitos casos, ele pode acabar sendo mais oneroso do que os regimes de Lucro Presumido ou Lucro Real.

Veja alguns pontos a considerar:

Vantagens do Simples Nacional

  • Unificação dos tributos em uma única guia (DAS)

  • Menos burocracia e obrigações acessórias reduzidas

  • Facilidade de abertura e regularização

  • Alíquotas iniciais geralmente mais baixas, especialmente para microempresas

  • Melhor enquadramento para quem emite poucas notas ou fatura valores menores

Quando pode deixar de ser vantajoso?

  • Faturamento alto com margem de lucro reduzida: a alíquota efetiva pode ultrapassar a de outros regimes.

  • Empresas prestadoras de serviço que se enquadram no Anexo V, cuja alíquota é mais alta e pode inviabilizar a competitividade.

  • Empresas que exportam ou vendem para outras PJ’s, pois o Simples pode gerar custo fiscal maior para o comprador, que não consegue se creditar de ICMS ou PIS/COFINS.

  • Negócios que contratam muitos funcionários e têm custo elevado com folha: em alguns casos, regimes como o Lucro Presumido oferecem mais incentivos fiscais.

O que considerar na hora de decidir?

  • Sua margem de lucro

  • Seu volume de faturamento anual

  • A estrutura de custos (folha, insumos, despesas fixas)

  • O perfil dos clientes (Pessoa Física ou Jurídica)

  • O setor de atuação e o CNAE

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Quais os impactos do IOF para empresas no caixa e no custo financeiro

O aumento do IOF não é apenas uma mudança técnica: ele tem efeitos diretos na gestão financeira das empresas, principalmente nas áreas mais sensíveis do negócio — fluxo de caixa, acesso a crédito e capacidade de investimento.

Veja os principais impactos práticos:

  • Crédito mais caro na ponta: com o novo IOF, operações como empréstimos bancários, financiamentos de equipamentos, capital de giro e antecipação de recebíveis se tornaram mais onerosas. O custo final da operação aumenta, o que compromete a rentabilidade de empresas que já trabalham com margens apertadas.
  • Redução na liquidez e no fôlego de caixa: o IOF, por ser cobrado logo na liberação do crédito, reduz o valor líquido efetivamente recebido. Isso impacta diretamente o fluxo de caixa, especialmente em empresas que dependem de financiamentos rotativos ou antecipações para manter suas operações diárias.
  • Menor capacidade de investimento: com o crédito mais caro, muitas empresas adiam decisões estratégicas: expansão, modernização, contratação ou aquisição de estoque. O aumento do IOF, portanto, gera um efeito de freio na economia real, diminuindo a circulação de capital produtivo.
  • Pressão em setores mais dependentes de crédito: comércio, varejo, serviços e turismo — setores com maior necessidade de capital de giro e giro rápido de caixa — são os mais atingidos. Pequenos negócios e optantes do Simples Nacional sentem esse impacto de forma ainda mais severa.

O que acontece quando aumenta o IOF nas operações de crédito e câmbio

Como vimos, o IOF não incide somente sobre empréstimos. Ele também afeta diretamente operações de câmbio, como compras internacionais, remessas ao exterior e uso de cartões de crédito fora do Brasil, operações que muitas empresas realizam regularmente, especialmente em setores que dependem de insumos ou serviços estrangeiros.

Com o aumento das alíquotas, veja o que mudou:

Operações de câmbio mais caras

A alíquota do IOF sobre compra de moeda estrangeira, transferências internacionais e pagamentos em cartão de crédito no exterior foi unificada em 3,5%. Isso significa que toda transação internacional passou a gerar um custo adicional fixo, diretamente proporcional ao valor enviado ou utilizado.

Impacto em empresas que importam insumos ou contratam serviços internacionais

Empresas que compram matéria-prima de fora do país ou contratam tecnologia, consultoria ou softwares no exterior, agora precisam incluir o IOF no cálculo do custo de aquisição. Isso afeta desde o preço de venda até a competitividade frente a players nacionais.

Pressão sobre startups e empresas digitais

Startups e empresas que contratam serviços no exterior (como servidores, licenças, plataformas e freelancers) também sofrem com a incidência do IOF. Como muitas dessas despesas são recorrentes e realizadas com cartão internacional ou remessas, o novo IOF representa uma elevação direta na estrutura de custos fixos.

Com isso, o aumento do IOF passa a ser mais do que uma questão fiscal, ele se transforma em um elemento de decisão estratégica que pode determinar desde a escolha de fornecedores até a forma de expandir para novos mercados.

Quais estratégias as empresas podem adotar para mitigar os efeitos do IOF

Apesar do aumento do IOF ser uma decisão governamental sobre a qual o empresário não tem controle direto, existem ações estratégicas que podem reduzir seus efeitos no caixa e no custo operacional. A seguir, veja algumas práticas que ajudam a proteger a saúde financeira do negócio:

1. Renegociar prazos e condições de crédito com instituições financeiras

Em vez de aceitar as condições padrão, vale negociar taxas de juros, carência e valores de parcelas para compensar o impacto do IOF. Alguns bancos podem oferecer alternativas mais flexíveis para empresas com bom histórico.

2. Antecipar compras e insumos antes de novos aumentos

Sempre que possível, empresas podem planejar compras com antecedência, especialmente se já houver previsão de demanda. Isso evita a necessidade de financiamento posterior sob condições menos vantajosas.

3. Reduzir a dependência de crédito rotativo ou antecipações de recebíveis

Buscar alternativas como capital próprio, consórcios empresariais, negociação direta com fornecedores e controle mais rígido do capital de giro pode diminuir a exposição ao IOF em operações recorrentes.

4. Avaliar soluções financeiras com menor incidência de IOF

Em vez de recorrer a linhas tradicionais, considerar opções como cooperativas de crédito, fintechs, crowdfunding ou antecipações específicas com regras diferenciadas pode ser uma saída mais econômica.

5. Ajustar a precificação e incentivar o pagamento à vista

Revisar a política comercial para incluir os custos do IOF nos preços de vendas parceladas, além de incentivar o pagamento à vista com descontos, ajuda a evitar que o peso do imposto recaia todo sobre o caixa da empresa.

Em tempos de incerteza, a gestão financeira precisa ser ativa, analítica e preventiva. O controle do IOF começa por decisões conscientes e pelo acompanhamento próximo da estrutura de capital da empresa.

Por que o aumento do IOF pode ser prejudicial à economia como um todo

O IOF é um imposto que, teoricamente, deve cumprir uma função regulatória. Ou seja, ele serve para controlar o volume de crédito na economia e influenciar o comportamento de consumo e investimento.

No entanto, quando utilizado como instrumento arrecadatório, como em 2025, ele pode gerar efeitos colaterais prejudiciais à atividade econômica, especialmente para as empresas.

Veja por que:

  • Redução no acesso ao crédito: o aumento da alíquota desestimula o uso de linhas de crédito, não por estratégia, mas por inviabilidade financeira. Para pequenas empresas, isso significa menos liquidez, menos investimento e maior dificuldade de manter o negócio saudável.
  • Repasse de custos ao consumidor: empresas que operam com margens apertadas tendem a repassar o impacto do IOF para os preços finais. O resultado é uma pressão inflacionária indireta, que reduz o poder de compra da população e desacelera o consumo.
  • Freio na geração de emprego e crescimento: com menos crédito disponível e menor previsibilidade de custos, muitas empresas adiam contratações, expansão e inovação. Esse efeito de contenção se espalha por diversos setores, afetando diretamente o desempenho do PIB.
  • Penalização de quem já enfrenta mais barreiras: negócios optantes do Simples Nacional, startups e setores altamente dependentes de capital de giro são os mais penalizados. Isso agrava a desigualdade de competitividade e pode acelerar o fechamento de empresas que estavam em fase de recuperação.

Portanto, o aumento do IOF vai muito além do recolhimento de alguns pontos percentuais a mais. Ele impacta a confiança, a capacidade produtiva e a estrutura de custos do setor privado, comprometendo o crescimento econômico no médio e longo prazo.

 Simples, mas nem sempre vantajoso

Embora o Simples Nacional prometa simplificação e praticidade, muitos empresários se surpreendem ao descobrir que esse regime pode não ser o mais econômico, especialmente quando falamos de créditos de ICMS e carga tributária real.

É nesse ponto que entra a importância de um planejamento tributário personalizado. Cada empresa possui uma realidade diferente e a escolha do regime ideal pode significar economia, competitividade e crescimento.

Na Conexão Contábil, analisamos cada detalhe do seu negócio para definir o regime mais vantajoso, seja você uma MEI, ME ou EPP. Com uma equipe especializada em Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, garantimos que sua empresa pague apenas o que é justo, sem abrir mão da conformidade fiscal.

Fale agora mesmo com um dos nossos especialistas e descubra se o Simples Nacional ainda é o melhor caminho para o seu negócio.

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Entenda quais são os impostos pagos no Simples Nacional e os cuidados que você deve tomar antes de optar por esse Regime.
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