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Reforma Tributária o que muda para 2026: Guia Completo para Empresários

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O cenário fiscal brasileiro está prestes a passar pela sua maior transformação em décadas. Empresários de todos os setores se perguntam: afinal, na Reforma Tributária o que muda para 2026? Esse ano não representa apenas uma data no calendário, mas o marco zero de uma nova era tributária.

Nesse contexto, a complexidade atual dará lugar, gradualmente, a um sistema mais moderno. Contudo, essa mudança não acontecerá da noite para o dia. O governo desenhou um período de transição cuidadoso para que as empresas ajustem seus processos sem colapsos financeiros.

Portanto, entender as regras que entram em vigor já no início de 2026 é vital para a sobrevivência do seu negócio. Neste artigo, a Conexão Contábil detalha exatamente o que você precisa fazer agora, quais impostos começam a valer e como preparar o seu caixa para essa nova realidade.

O Que Realmente Acontece em 2026?

Muitos empresários temem um aumento de carga tributária logo em janeiro, mas a realidade técnica é outra. Ao analisarmos a que muda para 2026 com a Reforma Tributária, identificamos que este ano funcionará como um “Ano de Testes”.

Como funciona a cobrança na prática? O governo instituiu uma fase de teste com alíquotas fixas para calibrar os sistemas de arrecadação sem prejudicar o caixa das empresas.

  1. Novas Cobranças: Sua empresa passará a destacar e apurar a CBS (federal) com alíquota de 0,9% e o IBS (estadual/municipal) com alíquota de 0,1%.

  2. Mecanismo de Neutralidade (Compensação): Aqui está o “pulo do gato”. O valor que você pagar referente a esses 1% (0,9% + 0,1%) será descontado do que você pagaria de PIS e COFINS.

Exemplo Prático: Se sua empresa deve R$ 10.000,00 de PIS/COFINS no mês e apurou R$ 100,00 de IBS/CBS na fase de teste, você pagará os R$ 100,00 para o novo sistema e abaterá esse valor da guia antiga, pagando apenas R$ 9.900,00 de PIS/COFINS. Portanto, o desembolso total permanece o mesmo. O governo garante a neutralidade financeira; você não pagará “imposto sobre imposto” nesta fase.

O Verdadeiro Desafio

Embora o custo financeiro seja neutro, o custo operacional aumenta. Os impostos antigos (ICMS, ISS, PIS e COFINS) continuam existindo integralmente. Sua equipe terá que rodar duas apurações paralelas: a do sistema antigo (para pagar o grosso do imposto) e a do novo sistema (para pagar a alíquota de teste e compensar). O erro nessa apuração cruzada é o maior risco de multas em 2026.

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IBS e CBS: Conheça os Novos Impostos

Para compreender o que muda em 2026 com a Reforma Tributária, você precisa dominar a nova sopa de letrinhas. O sistema tributário brasileiro abandonará cinco tributos complexos para adotar o modelo de IVA Dual (Imposto sobre Valor Agregado).

Nesse sentido, dois novos impostos assumirão o protagonismo:

  1. CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): Este tributo federal substituirá o PIS e a COFINS. A partir de 2027, ele extinguirá totalmente esses dois impostos antigos.

  2. IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): Este imposto, de competência compartilhada entre estados e municípios, substituirá o ICMS e o ISS. A unificação simplificará drasticamente a vida de quem vende para outros estados, pois acabará com a guerra fiscal.

Além disso, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) terá suas alíquotas reduzidas a zero para a maioria dos produtos, exceto para aqueles que competem com a Zona Franca de Manaus.

Portanto, a lógica muda radicalmente: em vez de pagar impostos sobre o faturamento total em cascata, sua empresa pagará apenas sobre o valor que ela adicionou ao produto. Essa não-cumulatividade plena promete desonerar a produção e o investimento no Brasil.

Quem Paga Mais e Quem Paga Menos?

A aplicação das novas regras alterará a carga tributária de diferentes setores de maneira desigual. O governo estima uma alíquota padrão para o IVA Dual (soma de IBS e CBS) em torno de 26,5%.

No entanto, a legislação estabelece regimes diferenciados que reduzem essa porcentagem para atividades específicas.

Setores com Redução de Alíquota

A lei determina um desconto de 60% sobre a alíquota padrão para serviços considerados essenciais. Consequentemente, as empresas das seguintes áreas pagarão menos impostos sobre o consumo:

  • Serviços de educação;

  • Serviços de saúde;

  • Medicamentos;

  • Transporte público coletivo;

  • Produtos agropecuários.

Isenções Totais

Além disso, o texto cria a “Cesta Básica Nacional”. O governo aplicará alíquota zero para itens alimentícios fundamentais, como arroz, feijão, carnes e farinhas.

Por outro lado, o setor de serviços, que atualmente paga alíquotas menores no Lucro Presumido (com PIS/COFINS cumulativos), poderá enfrentar um aumento na carga final. Isso ocorre porque muitas empresas desse segmento possuem poucos insumos para gerar crédito tributário, o que torna a alíquota cheia de 26,5% mais pesada em comparação ao sistema atual.

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Obrigações Acessórias: Sua Nota Fiscal Vai Mudar

Muitos empresários têm dúvidas sobre quais são as obrigações acessórias da Reforma Tributária em 2026. Diferente do que se espera para o futuro (simplificação), o ano de 2026 exigirá que as empresas lidem com dois sistemas simultaneamente.

Simultaneidade de Entregas

Como os impostos atuais (PIS, COFINS, ICMS e ISS) continuarão vigentes em 2026, sua empresa continuará entregando todas as obrigações atuais, como a EFD-ICMS/IPI, a EFD-Contribuições e a DCTF.

Entretanto, você precisará adicionar a essa rotina as novas declarações referentes ao IBS e à CBS (mesmo com as alíquotas de teste). O Fisco instituirá uma nova obrigação acessória unificada para apurar esses novos tributos, que deverá ser enviada mensalmente. Portanto, a carga de trabalho do departamento fiscal aumentará temporariamente durante a transição.

A Revolução do Split Payment

Além das declarações, 2026 introduzirá os testes do Split Payment (Pagamento Dividido). Esse mecanismo altera a forma como sua empresa cumpre a obrigação principal (pagar). No momento em que você vender e receber eletronicamente (pix, cartão, boleto), o banco ou a instituição financeira separará automaticamente o valor do imposto e o enviará diretamente aos cofres públicos.

Consequentemente, sua empresa receberá apenas o valor líquido. Isso exigirá uma adaptação profunda no seu sistema de conciliação bancária e financeira, pois o dinheiro do imposto sequer passará pela sua conta em muitas operações.

Atualização Cadastral Unificada

Por fim, as empresas deverão realizar o cadastro no CG-IBS (Comitê Gestor do IBS). Esse novo órgão centralizará as informações. Logo, manter os dados cadastrais da empresa saneados e atualizados será um pré-requisito para operar e emitir notas no novo sistema.

Simples Nacional: O Que Acontece com ME e EPP’s?

Uma das maiores dúvidas recai sobre o regime simplificado. A Constituição Federal protege o tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas, portanto, a Reforma Tributária preservou o Simples Nacional.

Inicialmente, em 2026, as empresas enquadradas nesse regime continuarão recolhendo seus tributos através da guia única (DAS), seguindo as tabelas e faixas atuais. A rotina fiscal básica, nesse primeiro momento, permanece inalterada para a maioria.

Todavia, uma mudança estratégica surge para quem vende para outras empresas (B2B). No novo sistema, as empresas do Regime Geral (Lucro Real e Presumido) buscarão fornecedores que gerem créditos de IBS e CBS. Como o Simples Nacional paga uma alíquota única e reduzida, ele gera menos crédito, o que pode tornar seus produtos menos competitivos para compradores corporativos.

Para solucionar esse entrave, a reforma criou uma opção híbrida. As empresas do Simples poderão optar por recolher o IBS e a CBS “por fora” (como as empresas grandes), mantendo apenas os demais impostos dentro do DAS.

Consequentemente, o empresário enfrentará uma decisão matemática. Ele precisará calcular se vale a pena pagar mais imposto (para gerar crédito integral ao cliente e não perder vendas) ou se mantém a carga tributária menor, focando nas vendas para o consumidor final. Essa análise será vital para a manutenção da competitividade no mercado B2B.

A Transição Começou: Não Fique para Trás

Compreender o que muda com a Reforma Tributária define a sobrevivência financeira da sua empresa nos próximos anos. Como demonstramos, 2026 não é apenas um ano de preparação teórica, mas o início prático de uma operação complexa que envolve testes, novas alíquotas e obrigações acessórias duplicadas.

Portanto, o empresário que ignorar esse calendário enfrentará sérios riscos de multas e perda de competitividade. A adaptação exige tempo. Você precisa atualizar seus sistemas de ERP, treinar sua equipe e revisar a precificação dos seus produtos agora.

Não enfrente essa jornada sozinho. A equipe da Conexão Contábil já domina as regras do novo IVA Dual. Nós auditamos seus processos, configuramos as novas obrigações e garantimos que sua empresa atravesse essa ponte com segurança jurídica e eficiência tributária. Entre em contato conosco hoje mesmo e antecipe o futuro do seu negócio.

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Reforma Tributária o que muda para 2026: Guia Completo
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Reforma Tributária o que muda para 2026: Guia Completo
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Reforma Tributária o que muda para 2026: Guia completo sobre a transição do sistema tributário e como evitar multas na nova era fiscal.
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